Título original: Equals
Título no Brasil: Quando te conheci
Diretor: Drake Doremus
Gênero: Drama, ficção científica, romance
Música: Sacha Ring
Lançamento: 2016
Elenco
Principal: Nicholas Hoult - Silas
Kristen
Stewart - Nia
Guy Pearce - Jonas
Jacki Weaver - Bess
Imagine um mundo
onde os SENTIMENTOS
são proibidos
Eu me apaixonei perdidamente por esse filme. Não só
pelo personagem principal Silas (Nicholas Hoult), que além de lindo demonstra um jeito todo especial de revelar sua paixão por Nia (Kristen Stewart), mas pela forma
delicada de como as cenas foram apresentadas e interpretadas por todo o elenco. Foi um tipo de filme que eu fiquei pensando: Uau! O
cinema é uma arte maravilhosa!
Assim como é bem subjetivo a forma com que cada
pessoa percebe e sente cada arte, seja uma música, um quadro, um poema, uma
escultura... Cada um vai ter a sua própria percepção do filme, portanto, talvez
alguém depois de ler esta crítica possa achar o filme muito ruim, mas o fato é
que eu me identifiquei tanto com o filme que até suspeito que foi eu que
escrevi o roteiro. Hahaha
A forma sutil com que Silas vai se interessando e
se apaixonando por Nia, me fez suspirar de tão sublime. Ele forja situações
para estar ao lado dela e até grava a sua voz para escutá-la quando está em
casa sozinho.
Silas e Nia são jovens. Mas não tão jovens, embora
as sensações, interesses e desejos que sentem um pelo outro são super novas para
ambos, pois, nunca antes foram sentidas, apesar de Nia, já ter sentimentos
bem antes de Silas, todavia os esconde de todos. Aliás, Filme perfeito para Kristen
- a atriz de Crepúsculo - que não podia demonstrar emoções neste filme. Ela é perfeita
para esse papel. Qualquer diretor do mundo teria pensado nela primeiro. Hehe.
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Atriz Kristen Stewart como Nia (super expressiva) |
Quando eles tocam um no outro pela primeira vez
é tudo muito sensível e cortês. O envolvimento dos dois se dá de forma
gradativa. Não como os romances atuais bem efusivos e avassaladores. Não há
euforia e sim uma descoberta altamente poética, apesar de perigosa. E eu
acredito que é isso que mais me encanta no filme, além é claro, do cunho
reflexivo que me trouxe.
No filme, o efeito monocromático mesmo sendo
compreensível e inerente à história é entediante, e a falta de ação é bastante
enfadonha, mas há muita tensão na questão do romance ter de ser ocultado
socialmente, pois isso é um fator super apreensivo e eu diria até desesperador.
É um amor singelo e apesar de toda minha
empolgação, é um tipo de filme na medida certa para quem não gosta de romances
muito melosos.
Quando assisto obras cinematográficas com
essa temática utópica e futurista, ao mesmo tempo vou traçando um comparativo
com a nossa realidade e o fato de no filme as emoções e sentimentos estarem quase erradicados, me chocou muito, porque me fez pensar em algo que a nossa sociedade, especialmente os mais jovens, têm cultivado, que é um discurso muito comum de: "Não se
apega, não!" Um tipo de conselho para que as pessoas se tornem frias para
não sofrerem com as possíveis consequências ruins de um rompimento amoroso.
Em Quando eu te conheci (Equals), as pessoas que
sentem, são classificadas como doentes. A possibilidade de chorar com a morte de
alguém, o fato de se apaixonar ou querer o toque de alguém, são os sintomas de uma doença em que a cura é almejada por boa parte da
população.
Inclusive, há uma parte em que o personagem
confessa à sua equipe de trabalho que está doente e seu chefe afirma que assim
como já encontraram a cura para o câncer, irão encontrar cura para
"isso" também.
Quando as pessoas passam a demonstrar sentimentos, é tido por alguns como
vergonhoso, uma grave patologia, por tanto, as pessoas que sentem e tentam um
contato mais direto com outros humanos, são denunciados ao Conselho de
Segurança e Saúde e têm grandes chances de serem mortos.
Em Equals, é como se as emoções humanas
fossem um fator super limitante das nossas competências. Como se afetasse a
nossa capacidade cognitiva, intelectual e a eficiência do profissionalismo; algo ameaçador da produtividade e do bem estar. A vida é robótica, sem cor, sem
peculiaridades, sem vida! Sem peculiaridades, porque inclusive o nome do filme
traduzido significa iguais.
Portanto, traçando esse paralelo entre ficção e
realidade, sabemos que, pequenas demonstrações de afeto, amor ao próximo,
empatia, solidariedade, compaixão, gratidão, são valores bem raros. E quando há
pessoas que demonstram boas doses de alguns desses valores, suas ações são
recebidas com estranheza ou desconfiança.
Às vezes as pessoas sensíveis, são vistas como frágeis
e vulneráveis. Por isso, algumas pessoas adquiriram resistência em demonstrar
afetividade, e muitas vezes se tornaram ou forjam apatia porque não querem ser
rotuladas dessa maneira.
Enfim, o filme encerra de uma forma emocionante e
mais uma vez eu vi ali a nossa sociedade demonstrada de forma caricata em uma
ficção científica que deveria ser uma obra fictícia apenas, porém, infelizmente
denuncia sutilmente nossos relacionamentos empobrecidos e mal conservados.
Entretanto, o olhar diferenciado sobre o fim do
longa rendeu-me um proveitoso aprendizado: Tudo o que já foi importante e que por
algum motivo deixou de ser, se teve relevância, os bons momentos estarão retidos
na memória e revivê-las de forma consciente, é imprescindível para dar um novo
significado àquilo que já teve um valor na sua vida, pois, nem tudo precisa ser
desfeito ou descartado. Embora, também exista a necessidade de se ponderar
e refletir com minúcia a insistência no investimento de sentimentos, em algo onde
não haja reciprocidade. Para entender melhor, você precisa assistir Equals.
33 comentários:
Eu tava assistindo ele desistir, vou assistir novamente pelo seu post
Ele parece um porre no início, mas depois vai ficando menos pior. kkkkk É porque você precisa assisti-lo já com um olhar mais crítico. Mas o filme é lindo, sim!
Geeente, nem sabia desse filme mas Nicholas Hoult e Kristen Stewart juntos? JÁ QUERO! Amo esses dois, e a premissa me intrigou, obrigada por esse post, quero sair correndo para assistir hahaha
Um beijo, Carol
Blog com V.
Estou meio por fora dos filmes ultimamente e confesso que esse elenco não ajudou a chamar minha atenção, sinceramente estou fugindo de qualquer filme com a Stewart, mas enfim, a sinopse me interessou apesar dos atores, vou tentar assistir, essa comparação aos nossos dias foi sensacional. Beijos
Nara
Viagens de Papel
Oláaaa sua linda!
Gente, assisti esse filme ontem e estou morrendo de amores por ele, ♥
Você conseguiu descrever cada sentimento, e fez uma ótima opinião!
Um beijo.
Oi, tudo bem? :)
Já tinha ouvido falar do livro, mas confesso que nunca me interessei por ele... até ler a sua postagem! Sério fiquei muito curiosa!
Tenho que dizer que, um mundo onde não se pode demonstrar sentimentos... sim, é o papel perfeito pra Kristen! haha'
Achei muito bacana o modo como você falou do filme, e realmente me deixou curiosa; é estranho imaginar "sentir" como algo como uma doença e fiquei com muita vontade de conferir o filme!
Beijos! ;*
Ainda nao vi esse mas parece ser muito bom =)
Oie amore,
Sou bem sincera em dizer que poucos são os filmes que eu paro pra assistir... abro exceções quando o filme me prende de alguma maneira ou ainda quando me indicam e falam que é um filme muito bom.
Esse que você mencionou, me surpreendeu um pouco, já fico imaginando como seria esse mundo, eu provavelmente morreria, pois sou muito sentimental.
Dica anotada aqui – esse vai entrar nessa lista de exceções rsrsrs.
Beijokas!
Não conhecia o filme e já anotei a dica. Bom, você tem toda razão em dizer que os diretores pensam logo na Kristen para interpretar alguém que não pode demonstrar emoções. Ela passa sempre muito frieza. Bom, quanto o tema do filme: achei interessante. Imagina num futuro em que não podemos mais amar?! Seria uma vida completamente sem sentido.
Beijos!
Filme com a Kris e eu não sabia :o
Alias, acho que ela ficou perfeita pro papel, é tão expressiva quanto uma porta kkk A temática do filme me pareceu muito interessante, pois sou uma pessoa que adora analisar o comportamendto das pessoas numa sociedade. Vou assistir depois. Beijo!
Oi
Eu não conhecia o filme, é a primeira crítica que leio também, isso me deu certa curiosidade, vou procurar para me inteirar melhor dos assuntos mencionados por você, gosto da poética e da temática futurista.
Não conhecia o filme, e fiquei interessada em assisti-lo, vou procurar.
Bjs
Suka
http://www.suka-p.blogspot.com.br
Eu ainda não conhecia o filme e gostei da sua dica, quase não vejo filmes e gosto quando vejo resenha de algum, isso me ajuda a assistir já um que eu tenha me interessado.
Amei, não conhecia esse filme, mas me interessei muito em assitir, achei bem interessante por não demonstrarem sentimentos
Olá Miss, tudo bem?
Confesso que não conhecia esse filme, é a primeira vez inclusive que vejo o poster, a imagem dessa película. Tem uma premissa interessante, deve ser de fato um filme legal. Vou anotar a sua dica "Quando te conheci".
Bjuss
Quando vi a sinopse desse filme, já fiquei com vontade de assistir, e agora com a sua resenha, a vontade voltou mais ainda! Depois eu volto e digo o que achei *-*
bruna-morgan.blogspot.com
Parece muito mesmo aquela trilogia Delírio. Fiquei bem curiosa para assistir, mesmo porque adoro a Kristen.Acho muito louco isso das pessoas que sentem serem consideradas doentes, mas vai saber mesmo até que ponto podemos chegar com essa cultura do não se apega.
Adorei o post e a indicação quando for assistir filme me lembrarei desse. Beijos
Oi! Então... eu morro de preguiça kkk não gosto de assistir filmes, mas esse parece ser bem legal. Adorei a dica.
Nicholas Hoult é tudo! Também amo. Nesse filme eu fiquei super apaixonada. Lindoooo! kkkk
Obrigada, flor! Juro pra você que a atriz não poderia ser outra. Hahaha
Eba! Adoro quando alguém percebe o que eu percebo! Bom saber disso!
Obrigada pelo comentário, flor!
kkkkkkkkk Tão expressiva quanto uma porta! Yes!
Que bom, flor! Então você vai gostar!
Volta mesmo, Bruna! Quero saber suas impressões.
A princípio eu pensei que fosse exagero essa comparação, mas não é não! A Jout Jout fez um video uma vez, falando sobre o nosso medo de se envolver e de se apaixonar por causa de um possível sofrimento.
Oi, tudo bem?
Adorei sua análise do texto, aí vi que era professora e estudante de psicologia, está explicado. Você se expressa muito bem e tem uma visão do enredo do filme que muitos não teriam, que não perceberiam. Fiquei impressionada por eles acreditarem que ter sentimentos era uma doença, não consigo imaginar uma sociedade dessa forma. Como você disse que era distopia, já fiquei bolando teorias para explicação desse fato. Talvez, eles tenham sido alienados e manipulados. Dica mais do que anotada!!!
beijinhos.
cila.
Oi, tudo bem?
Não conhecia o filme mas anotei a dica aqui! Tem sido tão difícil escolher filmes pra assistir.
Bjs
Oie Eliziane, não conhecia esse filme, mas vou procula-ló. Amei a dica, é um filme que me interessou. Bjoss da Isa 💕
Oi Elis!! Muito boa!! Confesso que o filme me atraiu muito, mas não assisti por causa da Kristen , não gosto da atuação dela, todos os filmes que assisti com ela não existe interpretação, é a mesma cara para dor, amor, tristeza, deus me livre. Mas levando em consideração que nesse ela não pode demonstrar sentimentos pode ser que de certo, vou arriscar!!
Beijokas
Ual, parece ser um filme maravilhoso. Super quero assistir já!
Esse filme é muito bom, eo final ainda melhor onde mostra que o amor não e uma doença por isso não pode ser reprimido, nao tem cura. Se bem q as pessoas de hj estão tão frias que acho q a "cura" foi implantado em todo mundo.
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